Sabe, não é fácil a retirada. Sair é sempre sofrido, penoso, doído. Entramos inteiros mas o inverso, mutila qualquer coisa como um braço de sonho. Morremos um pouco. Acontece que meu bom Deus, nos revela sua maior cortesia. E como o luar pela nuvem escondido, o vento sopra e ressurgimos. Basta a brisa do amor tocar o acorde dos ouvidos, que levitamos e fluimos novamente.
Tudo se fez sombra de repente. Passei por meses de extrema metamorfose, implorei a morte que me negou consolo; nada do que me resta é a criança de outrora. A arte impiedosa da ampulheta do tempo suga o grão que somos. Me perdi no redemoinho, naufraguei.
Cais sem farol sob o luar iluminadoPor onde voam, livres, as gaivotasGira em luz fraca o terceiro olho do marinheiroPouta! Cessa o rastro! A levadia não passará...O menino, que ao longe vislumbra tal desesperoNão pensa na morte, o fim derradeiroMas tece no horizonte, um grande dragão douradoEm cujo dorso repousa o mais ágil golfinho- Desce ao mar, oh bicho das águas! Só tu podes salvar o pobre barqueiro!Violento o tridente das rochas abocanhou a proaAs tábuas que compactas encorpavam o flutuanteDissolveram em farpas os sonhos do frágil anjinho
Recordarei dos ritmos, das palavras, dos movimentos. Nada me escapará, prometo devoto zelo. Agora, prefiro dizer logo, até logo. O que prolonga nunca supre.
Infinitos beijos.
ps: o contato também modificou: lucasboaventura@hotmail.com.br (e-mail / msn)
tb saí. =) boa sorte pra quem fica
ResponderExcluir