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sexta-feira, 11 de março de 2011

Arthur Rimbaud em foco


Outrora, se bem me lembro, minha vida era um festim onde se abriam todos os corações, onde corriam todos os vinhos.
Uma noite, sentei a Beleza em meus joelhos. — E encontrei-a amarga. — E insultei-a.
Levantei-me em armas contra a justiça. Fugi. Ó bruxas, ó miséria, ó ódio, é a vós que meu tesouro foi confiado! Consegui extirpar de meu espírito toda esperança humana. Pulei sobre toda alegria, para estrangulá-la, com o salto silencioso da fera.

Chamei os carrascos para, ao morrer, morder a coronha de seus fuzis. Chamei os flagelos para afogar-me com a areia, o sangue. A desgraça foi meu deus. Chafurdei na lama. Sequei-me ao ar do crime. E preguei boas peças à loucura.

E a primavera me trouxe o pavoroso riso do idiota.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Desse jeito de se ter,
Esse jeito de querer,
Vêm do triângulo:
Nós, eu, e você.

Esse polígono desengonçado
Reflete as nossas arestas.
Não é retângulo,
Nem quadrado.
É um triângulo,
Mas tem mil lados.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Idade feliz
Feliz idade
Felicidade.
Cidade feliz
Feliz cidade
Felicidade.
Presente une
Une presente
Onipresente.
Crer se ver
Se ver, crer
Escrever.
Ter só
Só ter
Sorte.
Ter amor
Amor ter
A morte.

Sereia

rio,
sorrio,
só rio,
rio só.
rio que corre pro mar,
segue o ciclo,
transpõe.
sou rio
serei(a)mar.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Momentos, eternidade...

Podemos abdicar
Da vida lá fora,
Apenas amar
É nosso ar.

Apenas ser
É nosso ter.
Transpor barreiras
imaginárias,
É o único dever.

Mas talvez eu não seja pra sempre
Como você é em mim.
Meus momentos são eternos,
Sua eternidade é momentânea.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Pontuação

Fadado a viver em uma redoma criada
Por um envolto de pontos

Exclamações e interrogações
Em uma festa sem pudor
Gozam de meus sentimentos.

Talvez um ponto, final
Ou infinito

Enquanto isso
Vou vivendo em reticências...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dedico

Entre o ser e o estar
Poder e querer,
Matar ou correr,
Inspirar e respirar,
Cá estamos nós.

Sim, dispomos do fim
de uma entre vida.
Não ganhamos nem perdemos.
Vivemos no pra sempre.

O nosso espaço é o universo,
O nosso tempo é eterno,
O enredo é tal, qual, belo,
Um elo, um nó.
Pois vives dentro de mim,
Assim como habito em seu amor.

A personificação do indescritível
é apenas, e somente,
um esboço nosso.

Somos muito maiores meu bem.
Maiores que as sempre fúteis descrições.
Pois não há ser neste ínfimo mundo,
que seja genial ao ponto de nos escrever.

Efêmeros e infinitos,
no agora,
sempre.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Poema Miserável

Peça licença e permissão
Para falar aos miseráveis.
Nunca saberão;
Não se passa batom na dor,
Não se maquia o amor,
Não se penteia o que é nu,
Cru.

É preciso compreender a força de um abraço,
A magia dos beijos, exalar o perfume do outro,
E ter certeza que quer sentir aquilo
Todos os dias ao acordar.

Assim como não se escolher nascer
Amar é conseqüência da vida.
Alguns nunca hão de ter a capacidade
De entregar-se de corpo e alma
A dor, ao sofrimento de tal sentimento.

O amor é intransponível, é impraticável tatear-lo,
Infactível cheirar-lo, podes achar que esta o enxergando;
Leviano engano. O amor não é sólido, portanto, só é possível sentir
E essa capacidade, este dom, nem todos o têm.

Amar exige talento, é coisa de berço,
Se não tens essa habilidade,
Pode esforçar-se, ter tudo
Pode ser tudo,
Mas não será NADA.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Eu e meu alter ego, dois seres que se diferem em tudo.
Mas ambos, amamos imensamente.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Heranças de um amor

Esta manhã acordei
E decidi me livrar
De tudo que lembra-me nós
E todos esses nós.

Seus argumentos usei
Ganhei discussões
E muitos inimigos.

Os poemas que escreveu, destinei
às crianças;
quem sabe elas os entendam,
entendam você.

O exagero que derramaste entreguei
aos desamparados;
Ficaram esperançosos, ansiosos,
Felizes, agonizaram.

O ódio que deixaste,
é o suficiente para matar.
Guardei-o trancado,
para que não faça mal a mais ninguém.

E o amor que me amou?
Não guardei ou usei.
Muito menos o destinei.
O teu amor eu amei
E por isso vivo.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Roda Viva

Sou vítima do mundo
Vítima de meus pais
Dos que não são mais
Vítima do sistema
fui gerado por problema

Mas não culpo ninguém
São todos vítimas também.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Marxismo


Marxista é uma espécie de masoquista reacionário.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Primeiro a gente escreve,












Depois a gente pensa.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Justiça

Uma garota de doze anos é estuprada pelo padrasto, sua dignidade esvaiu-se e um trauma apagou as boas memórias que a infância poderia lhe reservar. A lei permite que ela realize um aborto, e ela o faz. Os médicos que participaram da operação e a pobre garota, vítima de tanta crueldade, são excomungados pela igreja. O padrasto, foragido, continua impune pela lei, e pelos olhos da igreja.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Devaneios

Gosto de me aventurar em teus anseios para torná-los certezas de meu ser. Gosto de transformar meus medos em hipocrisia perto de você. Assim como todos os meus sentimentos me sintetizo no seu estar e amar pra eternizar o que existe aqui, entre nós, tão longe, tão perto. Paradoxo.

Traduzir suas filosofias para o meu repertório e transformar seu vocabulário no meu dicionário. Do seu estilo fazer o meu, e tornar-te minha família. Eternizar-te nos meus gestos e ações diárias. E na verborragia barata, tentar, em vão, explicar isso tudo.

Transformar duas vidas em uma, uma em duas, quem sabe em três? Fazer da vida nosso passeio público, particular. Caminhar na rua da vida, do amor.

Vamos lá, olhe para o horizonte, segure minha mão, e veja. Entenda que amar é um pouco disso, ser, estar, transformar, traduzir. Amar.

Utopia em foco

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar"
- Eduardo Galeano

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Aprendizados

Ao seu lado aprendi, aprendi tudo,
O tempo não volta,
Amor não acaba,
A felicidade não é plena,
Plenos são os momentos ao teu lado.

Deixe-me tentar
prolongar esses instantes,
Deixe-me encostar meus lábios nos teus,
Matar a vontade de teu corpo
De suspiros e desejos.

Sussurre ao meu ouvido, uma infâmia,
Conte-me um segredo e leve-me daqui.
Diga que me ama, segure minhas mãos,
Você que me ensinou tudo,
Agora deixe ensinar-te
A me fazer bem.