das suas pernas
dos seus braços
dos seus sorrisos
dos seus arranhões
das suas mordidas
dos seus gemidos
do seu prazer
de você.
das suas pernas
dos seus braços
dos seus sorrisos
dos seus arranhões
das suas mordidas
dos seus gemidos
do seu prazer
de você.
Existe um verdadeiro abismo entre o mundo de fora e o mundo aqui de dentro.
Entro nesse mundo de fora todos os dias, mas dificilmente esse mundo ou parte dele entra no meu mundo aqui de dentro. Eu poderia muito bem me abrir a visitações, mas nesse mundo aqui de dentro não existem guias ou mapas para facilitar a orientação.
E não quero que as pessoas se percam nesse mundo aqui de dentro, da mesma forma como eu me perco nesse mundo ai de fora. E foi justamente esse não querer que as pessoas se percam, que só me fez perder as pessoas. Eu perdi o momento, perdi o sono...
Eu me perdi.
Eu perdi até mesmo a razão, aquela mesma razão que me fez errar tentando fazer as coisas certas. Eu perdi a chance de habitar dois mundos e ser habitado também. Eu só não perdi a esperança de terminar essa ponte que eu construo todos os dias entre um mundo e outro. Talvez um dia eu possa receber visitas com mais freqüência, talvez exista do outro lado alguém construindo uma ponte para chegar até aqui também. Até lá, declaro-me: em obras.
"Durante a guerra aprendi uma verdade que geralmente preferimos não enunciar: que a coisa mais brutal da crueldade é aquela que desumaniza suas vítimas antes de destruí-las. E que a luta mais árdaus de todas é permanecer humana em condições desumanas"
Janina Bauman, 1985. Inverno na manhã. Uma jovem no Gueto de Varsóvia.
Quando a mascara cAIR
E despertar o inimigo
Quando o indefeso e o ARIsco
Tiver seu espaço invadido
Se o RAIar do sol
Escurece o seu dia
Se um pequeno RIAcho
Afogar sua fantasia
Não haverá alerta
Ou aquém se alIAR
Faltará a palavra que possa rimar
Um pequeno instinto terá surgido
A IRÁ o terá consumido
E tudo ao redor estará destruído.
Sou metrificado por meus anseios,
Redirecionado a meus amores,
Extirpado por minhas dores,
Amarrado por meus receios.
Sou moldável à justiça,
Sondável à ignorância,
Próspero à discrepância,
Fértil à preguiça.
Meus amores são meus desejos,
Que são meus sonhos, e são vazios,
E são doces, e são frios;
De meus inúmeros gracejos.
Minhas vidas são contáveis,
De alegria, de vingança,
De paixão e perseverança,
Aos meus detalhes palpáveis.
Discreto, concreto e objetivo,
Existo apenas para dizer Adeus.