Apaixono-me por tudo que é sinônimo de eternidade, tenho os olhos de quem não se aquieta nunca. Sou feito das inúmeras canetas que perdi, dos inúmeros machucados que ganhei e dos brinquedos que nunca consegui. Tenho no sorriso as lembranças das brincadeiras que participei dos abraços que dei dos beijos que eu pedi.
Sou o sorriso que só se apaga na presença de problemas, meus olhos se abrem de acordo com a minha disposição, minha memória só guarda o que é conveniente. Minhas covinhas denunciam minha alegria, meus sentimentos têm a cor da minha caneta bic azul e meus passos, o ritmo das músicas que me animam.
Pertenço a tudo que sonho, me apego com facilidade, e choro com tudo que me traz dor e alegria. Sou criança quando quero, e quero isso o tempo todo. Sou da cor dos meus ternos. Meu olfato adora tudo que tem cheiro de livro novo. Eu sou como o vento leve que passa sem ninguém perceber. Não sou dono de grandes qualidades, mas posso listar grandes manias e defeitos. Acredito em tudo que possui cor e cheiro; e até naquilo que não posso ver e nem tocar. Sou do tamanho da minha imaginação. Minha força tem a intensidade do amor que recebo; e minha alegria, do tamanho do amor que dou.
Eu sou assim: qualquer coisa como o cheiro da grama, qualquer coisa como um recado deixado no espelho depois do banho quente, qualquer coisa como o ritmo de uma música da Rita Lee.
Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida.
sábado, 18 de setembro de 2010
Inquieto
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