O Brasil votou e decidiu: Dilma, candidata apoiada pelo atual presidente Luis Inácio Lula da Silva, é a primeira mulher a assumir o cargo máximo da política nacional. O embate eleitoral propunha um confronto interessante: de um lado, quase sempre séria e introvertida, a mulher que o povo queria; a aliança temporal, meramente constitucional, de impedir a manutenção do atual governo. Dilma é a representante, de carteirinha, do cherifão sindicalista: Lula. Lula que, por sua vez, é o mito de Narciso: o reflexo da maioria, é a devoção dos refletidos. Do outro lado, o protótipo de FHC, José Serra, que, fazendo uso repetitivo de acusações e auto-elogios, não emplacou. Meus queridos, aqui vai uma dica para os políticos tipicamente tucanos: Carreata é feita a pé! Não existe satisfação maior que se estar no meio de seus eleitores, daqueles que acreditam no futuro proposto por você.
No primeiro turno, entraram na briga duas outras propostas: Marina Silva, com sua oratória manjada e controversa, sobre a sustentabilidade. Plínio de Arruda Sampaio: comunista velho-de-guerra, adepto da estatização controlada e auto-sustentação do país. Não fizeram páreo, o segundo turno manteve os dois útimos governantes: a maioria versus a minoria poderosa. Venceu quem precisava vencer, venceu a democracia da voz. Nordeste foi irretocável em sua totalidade: seguiram seu retirante cuja história concorre ao Oscar. Norte, com exceção aqui e alí, seguiu o projeto petista. Sudeste, encucado com as prioridades do povo, tende a apoiar os globais, "atucanaram-se". Sul e Centro-Oeste, páreo a páreo.
Segue a estrela esquerdista dos tempos de Ditadura e caos democrático de Collor. Segue a velha guarda de nossa guerrilha de luz e progresso, segue, seguem, seguimos, seguiremos.
Pra frente Brasil e parabéns, por mais uma demonstração de poder, do povo.
Os números não oficiais são: 57% para a petista eleita, contra 43% do tucano, José Serra.
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Agradecimentos: zededão
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