Se pudesse comparar algumas pessoas, compararia a um sofá velho. Sim, um sofá velho. Daqueles que abandonamos na primeira esquina e quem sabe, compartilhamos muitas das vezes, os mesmos espaços e sentidos.
Com o tempo, esse mesmo sofá transforma-se em um só fardo, que eu, ou você carrega. Esse mesmo fardo que não se agüenta, não se acredita, não se ama.
Deixemos a nostalgia, até porque, já haviam me avisado de que quem vive da mesma é uma insignificância na vida das pessoas... Tolos, sendo que os próprios prendem-se ao que passou e a quem não ama mais, que além de poucos, deve ser um belo de um “todo mundo”.
Tanto faz - tanto fez é a frase que define o que essas pessoas sentem. É mais uma vez, apenas aquele sofá velho que alguém deixou em alguma esquina, e que, quando deixamos apenas imaginamos que ele será útil para alguém. Você é meu sofá velho, mas não é útil.
Não posso acreditar na idéia de que um dia dei utilidade ao mesmo, até porque, se tantas pessoas saíram e assim o mantenho, é porque não passa de um objeto inútil e mal amado. Esse mesmo sofá é exatamente aquela borracha que devíamos passar no passado, mas não passamos.
Quero que você – sofá - continue ali na esquina, tomando chuva e mofando, pois é assim que acontece com quem é nostálgico todos os dias: mofa, de tanto viver do ontem.
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