Em um bairro nobre da cidade, uma turma de empresários arrivistas se encontra em uma festa da alta sociedade. Apesar dos melhores vinhos, ótimas músicas, mulheres lindas, o que eles mais repetem são críticas, os sorrisos são falsos, e os elogios não verdadeiros. Suas mulheres se juntam em pares, para assim falar mal de outras esposas, suas roupas, seus brincos, sapatos e tudo de mais superficial. Seus filhos, cheios de energia acumulada tentam brincar, impedidos pelas babás que são submetidas à humilhação e usam uniformes com crachás em plena festa. A hipocrisia toma conta do local, os risos amarelos deixam em evidência que ninguém está satisfeito.
Longe dali, em um bar sujo na periferia da cidade, seus empregados mais mal pagos riem, gozam, em volta de uma mesa com algumas cervejas quentes, uma carne de porco e uma sanfona velha, tocada pessimamente por um deles. Suas mulheres, com os cabelos feitos buxa dançam estampado os dentes sujos , e os filhos correm, caem e se levantam. Sem motivos maiores, eles são as pessoas mais felizes do mundo. Deixam os problemas para amanhã.
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