quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Rousseau em foco
"O estado de natureza era de felicidade perfeita: o homem em estado de natureza é sadio, ágil e robusto. Encontra facilmente o pouco de que precisa. Os únicos bens que conhece são os alimentos, a mulher e o repouso. Os únicos males que teme são a dor e a fome. Pouco a pouco o homem adquire a capacidade de aquiecer e de resistir, bem como de se apefeiçoar. Depois os homens desenvolvem a inteligência e todas as outras facilidades que haviam recebido em potencial. Surge a metalurgia e a agricultura, que geram a desigualdade. Os que acumulavam maiores posses passavam a dominar e a submeter os mais pobres. A propriedade individual do solo, da riqueza, a miséria, as rivalidades, os sentimentos, as usurpações dos ricos, os roubos, desencadeavam as paixões, abafaram a piedade e a justiça, tornando os homens avaros e perversos."
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