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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Futebol

Futebol é qualquer coisa como a paixão
Mas não essas paixonites brandas, que passam
É latente, carnal e viceral. Futebol é sangue.
Sangue a ponto do suor escorrer vermelho,
de dar vida à bola, cujo coração é a chuteira.
Futebol não se vê, se sente.

Não, não adianta argumentar: torcida é tudo.
É tudo porque, pense comigo: coração bate e ecoa, certo?
Poisé, os onze em campo, são os ecos.
E os milhares, batidas.
Um é o reflexo do outro.

Come-se a pelota, beija-se a redonda.
Fodasse, é o típico amor e ódio, quem liga?
Cartão vermelho é fora.
Amarelo, cuidado.
Pras mulheres, impedimento:
Desistam, nem os homens entendem.

Aos comunistas: meus sentimentos.
Morrerão sem saber o que é amar de verdade.
Amar e ser correspondido, mesmo com resultados...
digamos, não favoráveis.
Futebol não é taça, essa relação cabe aos italianos, vinhos...
Futebol é cerveja num copo lagoinha e um hino:
O hino de louvor aos técnicos anônimos.
Todos somos.

Futebol tanto se discute, que homens sozinhos debatem com a tv.
Não é questão de errar ou acertar, é de modificar.
Reconstuimos times, mesclamos seleções, nos sentimos ídolos.
Esse é o prazer de se discutir sem querer chegar a lugar nenhum.

Quem não sente futebol, não entende futebol.
Quem ama futebol, vive futebol.
Casório do eu, com a nação sem estado, mas com estádio, do meu time.
Por isso não torço pra minha seleção: meu time já é um universo unido e harmônico.
Não preciso mudar de cor e torcer pra jogador de outro time.
Sou fiel, não traio meu amor por nada.
Por nada te esqueço meu amor.


Pra provar sobre o nacionalismo timístico dos apaixonados:

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